terça-feira, 31 de maio de 2022

"A mãe que chovia", um livro de José Luís Peixoto

 

"A mãe que chovia"
Texto de José Luís Peixoto e ilustrações de Daniel Silvestre da Silva
Editado por Quetzal em 2012

Começa assim:

"Desde sempre que toda a gente lhe dizia que era filho da chuva.
Mas esse rapaz esperto, composto por boa disposição e com a idade de mais ou menos, não precisava que lhe dissessem quem era a sua mãe.
Ele conhecia-a melhor do que os assuntos que conhecia mesmo bem.
Juntos, trocavam tardes de domingo, descanso, beijinhos e coisas mornas de mãe e filho.
Enchiam a barriga de brincadeiragem.
Ele fazia corridas com a mãe, ...brincava às escondidas com ela e a um jogo secreto que se chamava "Não tens nada a ver com isso".

Fonte: interior do livro

Ilustrações de Daniel Silvestre da Silva

O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís Peixoto é filho da chuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem de aprender a partilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor materno.
Através de uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade desarmante, este livro homenageia e exalta uma das forças mais poderosas da natureza: o amor incondicional das mães.

"Mãe, choves o significado do teu nome sobre a terra, choves amor."

Fonte: Contracapa do livro

Ilustrações de Daniel Silvestre da Silva


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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Isabel Zambujal


"Violeta e Índigo descobrem Leonardo da Vinci"
Texto de Isabel Zambujal e ilustrações de Júlio Vanzeler
Editado por Levoir  em 2015

Começa assim:

"- O que é que estás a desenhar, Índigo? - perguntou a Violeta ao amigo.
- Uma grande mesa. Tenho tanta fome! Já estou a sonhar com o jantar. 
- Ai, ai. Não a faças tão comprida que lá vamos nós parar a Itália.

A Violeta já sabia. Os desenhos de Índigo tinham a magia de transportar os dois amigos para a vida dos grandes pintores. Quando ele, sem se aperceber, desenhava um esboço parecido a um quadro famoso, Zás, Pumba, Catrapumba! Lá iam eles para a vida de um artista. Naquele dia, foram parar a Milão, ao refeitório dos padres de Maria delle Grazie, onde Leonardo da Vinci, com 49 anos, dava os últimos retoques no painel onde retratava a última refeição de Jesus com os seus discípulos. "A Última Ceia" tornou-se uma obra mundialmente célebre e o seu pintor começou a ser visto como um dos maiores, se não o maior, mestre italiano."
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Júlio Vanzeler

Gostavas de conhecer os grandes pintores? Então, segue os passos da Violeta e do Índigo por este mundo fora. Dois amigos que são uns verdadeiros artistas: a Violeta adora pintar e o Índigo passa os dias a desenhar. Hoje, eles levam-te a visitar Leonardo da Vinci, para muitos o homem mais criativo de sempre. Diverte-te!
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Júlio Vanzeler

Isabel Zambujal

A Autora: Isabel Zambujal

Nasceu em Lisboa, em 1965. Sentia-se no céu a brincar com as palavras nos departamentos criativos das grandes agências de publicidade, mas, em 2001, decidiu juntar três das coisas de que mais gosta — viajar, crianças e escrever — e lançou a coleção «Um Saltinho a…», livros de viagens que a transportaram para o universo da literatura infantojuvenil. A Menina Que Sorria a Dormir, O Pai Natal Que Não Comia Queijo ou Dias Felizes de Uma Nódoa Teimosa são alguns dos seus títulos com o selo do Plano Nacional de Leitura. Tem coleções publicadas em Espanha, Bélgica, Colômbia e Brasil, e projetos para entrar no mundo audiovisual. Nunca se esquecerá do tempo passado no Cais.
Fonte: Wook

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sábado, 21 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Alice Vieira

Um ladrão debaixo da cama
Texto de Alice Vieira e ilustrações de Vasco Colombo
Editado por Caminho em 1991

Começa assim:

"Era uma vez uma velha, muito velha, que vivia com o neto numa casa de uma aldeia perto da floresta. Diziam que a velha sabia a cura para todas as doenças e que bastava beber um dos seus chás para que um quase-morto ficasse mais corado que uma romã.
Todos os dias ia a velha à floresta procurar as ervas para os chás que tudo curavam, e sempre que saía recomendava ao neto: 
- Cuidado, muito cuidado! Até eu voltar, rei ou mendigo não deixarás entrar!
E o neto prometia.
E a velha lá ia."
Fonte interior do livro


Esta história tradicional portuguesa é uma das retomadas por Alice Vieira, que recuperam criteriosamente narrativas populares orais. A ilustração é de qualidade em todos os volumes, que têm o formato e as características do álbum. 
Se lidos em voz alta, estes recontos conquistam o ouvido e a atenção dos mais pequenos, em especial pela arte com que são recuperados aspectos fundamentais da narrativa oral tradicional, como a constância das fórmulas introdutórias, a reiteração dos verbos de acção, as frases de forte acento rítmico, as rimas internas e a prosa entremeada de pequenos textos em verso. 


Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 2º ano de escolaridade


Alice Vieira
A Autora: Alice Vieira

Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente tendo editado na Caminho mais de cinco dezenas de títulos. Em 1979 recebeu o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa; em 1994, o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Foi indicada, por duas vezes, como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen (o mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens). 
Alice Vieira é uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projeção nacional e internacional. Foi igualmente apresentada por duas vezes, como candidata ao ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award).
Fonte Wook

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quinta-feira, 19 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: António Torrado

"Quarenta e dois mais vinte e um e outras histórias"
Texto de António Torrado e ilustrações de Maria João Lopes
Editado por ASA em 2020

Começa assim:

"A história que aqui vos deixo contou-ma o Zé Ricardo, mestre da boa pronúncia alentejana e professor sem cartilha, mas de muito entendimento e não pouca sabedoria em tudo o que toca a festas e romarias, versos ao despique, adivinhas enredadas e provérbios não menos, enfim, aquilo que nós, na cidade, não sabemos e ele - olha quem! - sabe e ressabe à maravilha.
Pois o amigo Zé Ricardo, num destes últimos fins de semana em que eu fui à terra, à minha e à dele, aliás mais dele que minha, chamou-me de parte e disse-me assim:
- Ouvi dizer que o amigo maquina umas histórias para arrumar nos livros... Isso deve estoirar-lhe o juízo, não?
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Maria João Lopes 

Compilação de histórias da tradição popular portuguesa recontadas, para registo e memória futura, com o talento e a jovialidade ímpares de António Torrado.
Desta feita há, entre muitas aventuras e desventuras, dois soldados que, querendo enganar, foram enganados e um tal de Sabino que, tido por tolo, deu mostras de ser um espertalhão à maneira! É ler para crer!
Fonte: Contracapa do livro
 
Ilustrações de Maria João Lopes

O Autor: António Torrado

António Torrado (Lisboa, 21 de novembro de 1939 – Lisboa, 11 de junho de 2021) nasceu em Lisboa, mas com raízes familiares na Beira Baixa. Foi poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, por excelência um contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos em várias línguas. Foi jornalista, editor, professor, produtor principal e chefe do Departamento de Programas Infantis da RTP

António Torrado

A sua bibliografia regista atualmente mais de 120 títulos, onde sobressai a produção literária para crianças, contemplada em 1988, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Livros seus foram, em 1974 e 1996, incluídos na Lista de Honra do IBBY - Internacional Board on Books for Young People. Segundo o crítico e investigador José António Gomes, "Torrado impôs-se como uma das figuras de maior relevo da nossa literatura do pós-25 de abril e dificilmente se encontrará hoje um autor que, de forma tão equilibrada, saiba dosear em livro o humor, a crítica e os sinais de um profundo conhecimento do imaginário infantil."
Fonte: Wook

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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Luísa Ducla Soares

"Os ovos misteriosos"
Texto de Luísa Ducla Soares e ilustrações de Manuela Bacelar
Editado por Afrontamento em 2007 

Começa assim:

"Era uma vez uma galinha que todos os dias punha um ovo. E todos os dias vinha a dona, com uma cestinha, tirar-lho.
- Já pus 1.000 ovos. Podia ser mãe de mil filhos. Mas não tenho nenhum por causa da gente gulosa - cacarejou certa manhã a galinha. - Vou fugir.
Se bem o pensou, melhor o fez. Quando a dona entrou na capoeira, como de costume, esgueirou-se pela porta aberta. Só parou na mata.
Logo aí tratou de fazer o seu ninho com folhas secas, palhas, penugem, farrapos de lã. 
Nunca se vira ninho mais lindo, redondo, confortável. Sentou-se nele e pôs um ovo muito branquinho."

Fonte: interior do livro
Ilustrações de Manuela Bacelar

Uma galinha punha um ovo todos os dias e todos os dias a dona lhe levava o ovo. Para fugir de tão grande injustiça foi para a floresta e aí fez um ninho muito confortável. Passado pouco tempo, vários ovos apareceram no seu ninho: uns grandes, outros pequenos, uns mais claros, outros mais escuros. Embora admirada, chocou todos os ovos, dos quais viria a nascer uma insólita ninhada: um papagaio, uma serpente, uma avestruz, um crocodilo e também um pinto.
Todos irmãos, e todos diferentes, formavam uma ninhada engraçada, que a mãe-galinha tinha dificuldade em controlar e em alimentar. Mas todos, de modos também diferentes, defenderam a mãe quando a viram ameaçada.
Este é um livro em que a enorme ternura que o atravessa não impede o humor e o ritmo tão próprios desta autora e que introduz a crianças nas questões da multiculturalidade.
Fonte. Wook
Ilustrações de Manuela Bacelar

A Autora:Luísa Ducla Soares

Nasceu em Lisboa a 20 de julho de 1939. É licenciada em Filologia Germânica pela Universidade Clássica de Lisboa.
Iniciou a sua atividade profissional como tradutora, consultora literária e jornalista, tendo sido diretora da revista de divulgação cultural Vida (1971/2).

Luísa Ducla Soares

Colaboradora de diversos jornais e revistas, estreou-se com um livro de poemas, Contrato, em 1970.
Trabalhou de 1979 a 2009 na Biblioteca Nacional onde iniciou a sua atividade realizando uma bibliografia da literatura para crianças em Portugal. Foi assessora principal desta instituição e responsável pela Área de Informação Bibliográfica.
Dedicada especialmente à literatura para crianças e jovens, em prosa bem como em poesia, publicou mais de uma centena de obras neste domínio. Escreveu guiões televisivos sobre língua portuguesa para os mais jovens.
Realizou todos os sites de Internet da Presidência da República para crianças e jovens no mandato do Presidente Jorge Sampaio.
Tem elaborado para o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e para o Ministério da Educação diversas publicações seletivas da literatura infantil nacional e internacional.
Junto de escolas e bibliotecas, desenvolve regularmente ações de incentivo à leitura.
Participa frequentemente em colóquios e encontros, apresentando conferências e comunicações sobre problemática relacionada com os jovens e a leitura e sobre literatura para os mais novos.
 Em 1980 foi galardoada com o prémio Octogone pelo seu livro Os Ovos Misteriosos.
Recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian para o melhor livro do biénio 1984/85 por 6 Histórias de Encantar e foi galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra em 1996. Foi candidata de Portugal ao Prémio Andersen.
Em 2004 foi escolhida pela Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People ) como candidata ao Prémio Hans Christian Andersen .
Em 2009 a Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu-a com a sua Medalha de Honra.
Em 2010 foi proposta pela DGLB como candidata de Portugal ao Prémio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil.
Em 2018 e 2020 como candidata ao prémio sueco ALMA.
Fonte: wook

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terça-feira, 17 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Aquilino Ribeiro

"Arca de Noé III classe"
Texto de Aquilino Ribeiro e ilustrações de Luís Filipe de Abreu
Editado por Bertrand em 1989

Começa assim:

"Mestre Grilo cantava e a Giganta dormia

Era uma abóbora menina, muito redondinha, que saíra de uma flor tão grande e tão linda que de longe parecia pela forma um cálice de oiro, o cálice por onde os senhores bispos costumam dizer missa, e pelo brilho estrela caída do céu. Atraídas pela cor viva e o perfume, que era brando mas suave, zumbiam-lhe as abelhas em volta e um grilinho viera com a caixa de música às costas acolher-se à sua sombra e ali fizera a lura. Perto, dentro de seus buraquinhos, viviam dois ralos, e uma cigarra passava a maior parte do tempo empoleirada numa das folhas da aboboreira a cantar."
Fonte: interior do livro
Ilustrações de Luís Filipe de Abreu

Sabes, Riquinho, a história da Arca de Noé? Muito antiga, antigamente, o Criador, indignado com as criaturas, disse a Noé, a única que achou graça a seus olhos:
- Vou afogar o mundo; mas olha, fazes-me uma arca com três repartimentos: um em baixo; outro no meio; um terceiro em todo o cima...
Este terceiro repartimento, está bem de ajuizar, é a III classe dos comboios que a gente de pequenas posses toma de terra para terra; é a mesma III classe que nos navios carrega emigrantes de continente para continente; era ainda a imperial das diligências, que há anos a esta parte, ao desembocar de rompante com as mulas guisalheiras das estradas nocturnas, acordavam as vilas adormecidas."
Fonte. interior do livro

Ilustrações de Luís Filipe de Abreu

O Autor: Aquilino Ribeiro
 
Nasceu na Beira Alta, concelho de Sernancelhe, no ano de 1885, e morreu em Lisboa em 1963.
Deixou uma vasta obra, na qual que cultivou todos os géneros literários, partilhando com Fernando Pessoa, no dizer de Óscar Lopes, o primado das Letras portuguesas do século XX
Foi sócio de número da Academia das Ciências e, após o 25 de Abril, reintegrado, a título póstumo, na Biblioteca Nacional, condecorado com a Ordem da Liberdade e homenageado, aquando do seu centenário, pelo Ministério da Cultura.
Em setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.
Fonte: Wook
Aquilino Ribeiro

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segunda-feira, 16 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Carlos Pinhão

"O senhor-que-não-sabia-contar-histórias"
Texto de Carlos Pinhão e ilustrações de Ana Duarte de Almeida
Editado por Livros Horizonte em 1984

Começa assim:

"O jogo do "Ora Bem"

Era uma vez um Senhor-Que-Não-Sabia-Contar-Histórias. Ganhara fama de saber contar histórias às crianças, mas - verdade, verdadinha - o que ele gostava mesmo era de ouvir as crianças contarem as histórias que elas inventavam.
Convidavam-no muito para ir a escolas, jardins-infantis, a festas de crianças, mas ele era muito manhoso e começava sempre por fazer aquela habilidade de se sentar, tirar uns papéis da algibeira, ajeitar os óculos, tossicar e...
- Ora bem... - dizia ele.
Era sempre assim que começava:
- Ora bem...
Às vezes, não passava do "ora bem", porque, se repetia o "ora bem", logo a garotada, impaciente, começava a interrompê-lo."
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Ana Duarte de Almeida

O Autor: Carlos Pinhão
Frequentou, até ao terceiro ano do curso, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, enveredando depois pela carreira de jornalista. Estreou-se em 1944, no jornal Sports, que viria a dar origem ao Mundo Desportivo. Onze anos depois tornou-se redator de A Bola, onde permaneceu até morrer. 
O autor escreveu obras bastante diversas uma vez que publicou livros de humor, poesia, literatura infantil e crónicas, destacando-se sobretudo nas suas crónicas e na Literatura Infantil.

Carlos Pinhão

O seu primeiro livro para crianças Bichos de Abril, foi publicado em 1975 e teve um sucesso imediato. Posteriormente publicou Gaivotas Com Óculos (1979), O Professor do Pijama Azul  (1981), O Coelho Atleta e a sua Escola de Desporto (1983), Abril Futebol Clube que foi o último livro publicado com o autor vivo, em 1991.
Em 1994 foi publicada uma edição póstuma do livro intitulado João Campeão

O autor publicou mais de uma dezena de livros para crianças, dando sempre às suas histórias ritmo e fantasia. O desporto também esteve presente nos seus livros infantis como por exemplo em O Coelho Atleta e a sua Escola de Desporto e em Abril Futebol Clube.
Fonte: wikipédia

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sábado, 14 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Leonel Neves

"O mistério do quarto bem fechado"
Texto de Leonel Neves e ilustraçõesde Tossan
Editado por Livros Horizonte em 1985

Começa assim:

"Em certa vivenda empoleirada numa das sete colinas de Lisboa, a ver o Tejo semeado de gaivotas e barcos ancorados e de navios a caminho ou de regresso do mar alto, mora o comandante Inácio Galinha, reformado da Marinha Mercante. É um velhote esguio, com a pele curtida pelo sol de todos os países e pelos ventos de todos os mares e portos do mundo. Tem já brancos os raros cabelos e a barba e o bigode cuidadosamente aparados. Está agora bastante surdo e quase não sai de casa: passa o tempo a ler histórias de viagens e romances policiais, a ouvir música, poucas vezes em frente da televisão e muitas a cuidar das suas belas colecções de selos, moedas e objectos de arte."
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Tossan

O autor: Leonel Neves

Nasceu a 20 de junho de 1921, em Faro. Aí estudou até ao 6º ano do Liceu (corresponde, hoje, ao 10º ano de escolaridade). A partir de 1937 passou a viver em Lisboa, onde obteve a licenciatura em Ciências Matemáticas na Universidade de Lisboa.
Pertenceu ao primeiro curso de meteorologistas portugueses, e ingressou no Serviço Meteorológico Nacional no seu início, em 1946. O seu trabalho levou-o aos Açores, onde ficou durante dois anos, a Moçambique - 6 anos - e ainda Timor-Leste (2 anos).

Leonel Neves

Desde muito novo colaborou em vários jornais e revistas, tendo publicado o seu primeiro livro de poemas em 1940. Só após os 50 anos se dedicou à literatura para jovens; veio a falecer em Odiáxere, perto de Lagos, em 1996.
Fonte: Wook

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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Maria Alberta Menéres

"Dez dedos dez segredos"
Texto de Maria Alberta Menéres e ilustrações de Connie Fischer
Editado por Lisboa Editores em 1991

Começa assim:

"Conta o dedo mindinho da mão esquerda

Era uma vez uma princesa pequenina.
Quando nasceu, era linda. Por todo o reino se espalhou a fama da sua beleza. Por todo o reino e arredores.
Porém, à medida que o tempo ia passando, maior era a aflição dos seus pais e de todos os que viviam ao seu lado.
Eu vou dizer a razão de tão grande aflição:
é que a princesa estava quase a fazer 7 anos e...
continuava carequinha como quando nascera! 
Como é possível existir uma princesa sem lindos cabelos loiros ou sem lindos cabelos negros a esvoaçar ao vento? - era o que se segredava pelos corredores e corredores do velho palácio."

Fonte: interior do livro

Ilustrações de Connie Fisher

"Era uma vez duas mãos que sabiam contar muitas histórias.
Às vezes a mão esquerda começava uma e a mão direita acabava-a. Outras vezes era precisamente o contrário.
Isto de as mãos gostarem de contar histórias não é caso de causar admiração! Não é verdade que, quando se conta uma história, as mãos explicam à sua maneira o que se vai contando'
Bem, ainda não se disse tudo! Nestas duas mãos que gostavam tanto de contar histórias, cada dedo vai puxar pela sua cabeça ( cabeça de dedo, está bem de ver...) e botar palavra."
Fonte. interior do livro

Ilustrações de Connie Fisher

A Autora: Maria Alberta Menéres

Nasceu em Vila Nova de Gaia, em 25 de agosto de 1930. Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário, nas disciplinas de Língua Portuguesa e História. 
Organizou a Antologia da Poesia Moderna Portuguesa (1940/1967), em 1976, e, dois anos mais tarde, a Novíssima Antologia da Moderna Poesia Portuguesa, em parceria com o poeta E. M. de Melo e Castro.
Maria Alberta Meneres

De 1974 a 1986, foi Diretora do Departamento de Programas Infantis e Juvenis da RTP, tendo sido autora e produtora de inúmeros programas. 

Foi Assessora do Provedor de Justiça, de 1993 a 1998, sendo da sua responsabilidade as primeiras linhas de apoio a crianças e idosos em Portugal. Criadora do conceito e responsável pelo nome do "Pirilampo Mágico", foi autora, durante seis anos, das letras das canções dessa campanha solidária que dura até hoje.

Maria Alberta Menéres é autora de mais de 100 livros infantis e juvenis, muitos publicados pelo Grupo Porto Editora, com merecido destaque para Ulisses, que conta já com 45 edições e mais de um milhão de exemplares vendidos. 
Fez traduções, adaptações, dezenas de peças de teatro, para além de uma sólida obra de poesia adulta. Em 1986 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças, «pelo conjunto da sua obra literária e a manutenção de um alto nível de qualidade». 
Em 2010, foi agraciada com a Condecoração da Ordem de Mérito Civil no grau de Comendador.
Faleceu em Lisboa, a 15 de abril de 2019, com 88 anos de idade.
Fonte. Wook

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Ilse Losa

"Bonifácio"
Texto de Ilse Losa e ilustrações de Miranda
Editado por Livros Horizonte em 1980

Começa assim:

"Chauffeurs" ou condutores de táxi são diferentes uns dos outros, cada um tem a sua maneira de ser.
Há os que gostam do silêncio; perguntam onde querem ir e não estão para mais conversa. Até certo ponto isso é agradável, porque nos deixam olhar sossegadamente pela janela ou pensar no que nos apetece.
Há outros com o aparelho de rádio sempre ligado a uma central, donde uma voz de mulher lhes diz quem anda à procura dum táxi. É enfadonha essa lenga-lenga, dá-nos cabo da paciência e chegamos a casa estonteados, como se tivéssemos apanhado com um martelo na cabeça."

Fonte: interior do livro

Ilustrações de Miranda
A Autora: 

Ilse Losa nasceu na Alemanha. Frequentou o liceu em Osnabruck e Hildesheim e depois um Instituto comercial em Hannover. A sua qualidade de judia criou-lhe embaraços no seu país, de onde foi forçada a sair. Na Inglaterra teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Refugiou-se em Portugal, aqui casou, adquirindo a nacionalidade portuguesa.

Ilse Losa

A sua já vastíssima obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura para crianças. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e ela própria colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão alguns dos mais consagrados autores.

Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, premiando o conjunto da sua obra para crianças. Alguns dos seus livros estão também publicados na Alemanha e em França.
Fonte: Wook

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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Maria Keil

"Os Presentes"
Texto e ilustrações de Maria Keil
Editado por Livros Horizonte em 1987

Começa assim:

"Olá! Bom dia!!!
Toma lá uma flor!

Que linda!!! Que bom que é receber uma flor... Gosto de ti.

A flor que te dei é tão pequenina...
Desculpa... Toma esta maior...

É tão linda!!! Gostei tanto que m'a tivesses dado!
Essa também é linda..."
Fonte: interior do livro

Ilustrações de Maria Keil

Olhaste bem para os meninos desta história?
Se observares bem notarás que as figuras são formadas por peças soltas. Já reparaste? Em cada ilustração as peças são colocadas de forma a darem uma nova situação, novas expressões. E viste bem o desenho das cabeças, das pernas, etc., são sempre os mesmos? Pois aí tens um jogo. Desenhas cabeças, pernas, braços, enfim todas as diferentes partes do corpo e depois constróis as tuas próprias histórias.

Fonte: Contracapa do livro

Ilustrações de Maria Keil


Maria Keil

A Autora:
Maria Keil é uma referência obrigatória quando se fala da história do grafismo e da ilustração em Portugal.
Foi pintora, ilustradora, decoradora, designer, ceramista, cenógrafa, figurinista e autora de algumas das mais importantes composições de azulejos produzidas em Portugal durante o século XX.
Tal como vários designers e autores de renome do panorama artístico daquele período colaborou, nos anos 40, com o Estúdio Técnico de Publicidade, uma das grandes agências de publicidade portuguesas.
Casada com o arquiteto Francisco Keil do Amaral, passou pela sua mão parte importante da decoração do Pavilhão Português da Exposição Internacional de Paris, em 1937.
Mais tarde foi também autora dos painéis de azulejos que decoraram as primeiras estações de metro de Lisboa.
Fonte: RTP Ensina

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Todos os dias um Autor Português: Patrícia Joyce

"O livro da comadre Cegonha"
Texto de Patrícia Joyce e ilustrações de José de Lemos
Editado por Sociedade de Expansão Cultural em 1977
Começa assim:

"Dona Cegonha Risonha tinha sempre muito que fazer.
Todos os dias o correio lhe levava uma porção de cartas, tão cheirosas, que Dona Cegonha nem precisava de as abrir para saber de onde vinham: Dona Elefanta usava perfume de cenoura; Dona Ursa, perfume de mel; Dona Macaca, perfume de amendoim; Dona Lontra, perfume de peixe; e assim por diante. Ora agora, o que diziam essas cartas, também ela já sabia."
Fonte. interior do livro 

Ilustrações de José de Lemos

A Autora: Patrícia Joyce

Patrícia Joyce

Ficcionista, tradutora, poeta e autora de literatura infantil, nascida em 1913, em Lisboa, e falecida em 1985, na mesma cidade, Dagmar Joyce Damas Mora adotou o pseudónimo Patrícia Joyce
Foi, até 1975, membro da comissão de leitura das Bibliotecas Gulbenkian
Integrando uma geração de escritoras reveladas no período do pós-guerra, Patrícia Joyce oferece, sob o ponto de vista intimista da mulher narradora, uma ficção de cunho realista e de temática sentimental, esboçada sobre um contexto social e historicamente marcado.
Fonte: infopedia.pt

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terça-feira, 10 de maio de 2022

Todos os dias um Autor Português: Júlio Isidro

O Planeta de Cristal
Texto de Júlio Isidro e ilustrações de Inês do Carmo
Editado pela ASA em 2006

"Sobrinhos e sobrinhas

Aqui está mais um livro de histórias do Tio Julião e dos seus cinco sobrinhos, primos entre si.
Desta vez começamos com uma viagem espacial e acabamos de OVNI, que, como é sabido, significa Objecto Visto e Nunca Imaginado

São mais nove divertidas histórias saídas da minha imaginação e que eu desejo possam ir ao encontro dos sonhos de aventuras.
Os primos estão um bocadinho mais crescidos, cada vez mais amigos, embora muito diferentes entre si.
Mariana continua a sonhar que será sempre princesa, o Max adora ferramentas e talvez venha a ser engenheiro, o Lourenço adorava ser cavaleiro, o Xavier é um rapaz de acção que um dia irá salvar uma menina de se afogar, e a Francisca nasceu para o Circo, porque palhaçadas são com ela.

Espero que continuem a ler as minhas histórias pelo menos ao deitar, e que na hora de dormir sonhem com aventuras muito espaciais e especiais como estas que aqui vos deixo."
Fonte: contracapa do livro

Ilustrações de Inês do Carmo

Depois de É Tudo Primos e Primas (2004) e Ideias Giras (2005), este é o terceiro livro de histórias. Dado o êxito dos títulos anteriores e a regularidade da sua publicação, este terceiro volume da série fica a marcar a criação de uma nova colecção - a colecção "Primos & Primas" - especialmente destinada a reunir as histórias destes cinco heróis tão especiais que, mais do que primos, são sobretudo companheiros e amigos que, através das peripécias do dia-a-dia, vão crescendo e estreitando cada vez mais os laços que os unem.
Fonte: Wook
Júlio Isidro
O Autor: 

Júlio Isidro é um profissional da comunicação social. Por isso comunica na televisão, na rádio, nos jornais e nos livros. 

Nasceu em Lisboa nos anos 40 do século XX e desde pequeno revelou grande criatividade, em especial na arte de comunicar. Escreveu peças e fez teatros com as irmãs e os amigos, inventou uma máquina de projetar cinema e até desenhou o filme, montou um castelo fantasma no jardim do prédio em que vivia e, no Orfeão do Liceu Camões, era tenor e apresentador. 

Estreou-se na televisão no Programa Juvenil a 16 de janeiro de 1960 (tanto tempo…) e na rádio a 1 de junho de 1968. Tem mais de 15 000 horas de televisão e 35 000 de rádio. 

Escreve para jornais quando lhe pedem e gosta de contar coisas no seu Facebook (já sei que preferem o Instagram, ou o Twitter, mas eu sou assim). 

Tem oito livros editados com histórias para crianças e guarda muitas para qualquer dia. Não se considera um escritor, apenas um contador de histórias com aventuras cheias de fantasia e bom humor. Parece que as crianças têm gostado desde a sua estreia há muitos anos com o livro Histórias do Tio Julião.

«A minha miudagem são agora senhoras e senhores que cresceram comigo.» Continua a trabalhar em televisão na RTP Memória, com dois programas semanais, e na Rádio Renascença. Nos tempos livres, gosta de construir modelos de aviões e depois pô-los a voar. Até parece que vai lá dentro…
Fonte: Wook

Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3º ano de escolaridade

Para aceder ao Catálogo em Linha

Obra disponível na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil
Boas Leituras!