quinta-feira, 16 de março de 2017

"Papá, por favor, apanha-me a Lua" de Eric Carle

Papá, por favor, apanha-me a Lua
Um livro de Eric Carle
Editado pela Kalandraka em 2010 (2ª ed.)

Começa assim:

"Antes de se deitar, a Mónica olhou pela janela e viu a Lua.
A Lua parecia estar muito perto.

“Queria tanto brincar com a Lua!”, pensou a Mónica. E tentou apanhá-la.

Porém, por mais que se esticasse, não conseguia tocar-lhe.

"Papá, por favor, apanha-me a Lua", disse a Mónica.



A Lua desempenha um papel muito importante na infância e é protagonista de muitas narrativas. Relaciona-se com os sonhos, com as aventuras e os desejos difíceis de concretizar. Eric Carle narra os tormentos por que um pai passa, para satisfazer o sonho da filha, e que o levam a escalar uma elevada montanha, entre outros esforços.




O principal atractivo deste livro reside no jogo de tamanhos e direcções que o autor propõe, e para o qual cria um original sistema de páginas que se desdobram em vários sentidos, segundo as exigências da cena: para os lados, para cima, para baixo, de dentro para fora e ao contrário; exigências essas que ultrapassam as dimensões do álbum, ao mesmo tempo que lhe imprimem movimento. Esta obra ajuda também os leitores a educar o olhar e a dirigi-lo na direcção ascendente, descendente, da direita para a esquerda, e vice-versa, adaptando-se ainda aos primeiros leitores sobretudo através da sua manipulação extremamente atractiva, que lhes facilita a abertura e o fecho das páginas.

Com o seu estilo inconfundível, baseado na técnica da colagem, Eric Carle escolhe uma proposta estética cheia de colorido.



O autor:

ERIC CARLE (Siracusa, Nova Iorque, 1929) Autor de mais de 70 álbuns, Eric Carle começou a ilustrar livros em 1967, depois de muitos anos a trabalhar como director de arte numa agência publicitária. 
Estudou na prestigiada escola de arte Akademie der Bildenden Künste, de Estugarda, na Alemanha, país para onde se mudou ainda em criança com os seus pais. Mas sempre quis voltar para a América do Norte, onde as melhores recordações da sua infância tinham ficado. Regressou em 1952, com um portfolio e 40 dólares no bolso, em busca de uma oportunidade que lhe chegou como designer gráfico para o “The New York Times”. 

O primeiro livro de sua completa autoria foi “1,2,3, to the Zoo” (1968), a que se seguiu “The Very Hungry Caterpillar”, publicado pela KALANDRAKA. Ao longo dos anos, foi galardoado com o Prémio da Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha (Itália), o da Associação de Livreiros Infantis e o da Associação Americana de Bibliotecas. 

Eric Carle disse: “Com muitos dos meus livros tento estender uma ponte entre o lar e a escola. A passagem de casa para o colégio é o segundo maior trauma da infância; o primeiro, certamente, é nascer. Em ambos os casos trocamos um lugar caloroso e protector por outro desconhecido. Acredito que as crianças são criativas por natureza e capazes de aprender. Nos meus livros tento conter esse receio, substituí-lo com uma mensagem positiva. Quero mostrar-lhes que aprender é realmente fascinante e divertido.”

Fonte: Kalandraka



Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Pré-Escolar

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!

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