"O Tempo Canário e o Mário ao Contrário” Texto de Rita Taborda Duarte e ilustrações de Luìs Henriques Editado pela Caminho em 2008 |
“O tempo é daquelas coisas que toda a gente sabe que existem, mas que nunca ninguém vê. Mas se o tempo fosse como qualquer um de nós?
Esta é a história de um Tempo Novo, medricas e preguiçoso, medroso e calaceiro. E também do Mário, um menino inteligente e rabino, mas que tinha a mania de fazer tudo ao contrário.
Em linguagem rica e ritmada, Rita Taborda Duarte transforma um conceito abstracto numa divertida história em que o tempo ganha uma dimensão concreta, ligada ao crescimento, bem ao alcance dos pequenos leitores.”
Fonte: Wook
"O tempo: não é bem uma pessoa, como nós, porque tem asas e voa.
No entanto, vai tendo a sua vidinha e o seu trabalho certo. No fundo, é um trabalho que não tem assim tanto que saber: basta passar pelas pessoas e envelhecê-las. A verdade é que o tempo tem pressa de fazer o seu trabalho, por isso anda sempre a correr (como nós quando fazemos os trabalhos de casa). Há quem diga que ele é dinheiro. No entanto, nunca se viu ninguém trocá-lo por uma caixa de gelados em nenhum centro comercial."
Fonte: excerto do livro, pg. 13
"Os Velhos Tempos" "Os Novos Tempos" (Pg. 14 e 15) |
Pg. 30 e 31 |
Pg. 46 e 47 |
Pg. 62 e 63 |
“Publicação de uma das mais originais vozes da literatura para a infância contemporânea, assiste-se, neste livro, à consolidação da escrita de Rita Taborda Duarte, num curioso registo onde se cruza o humor com a reflexão sobre a linguagem, o seu uso e o seu significado. Centrado na questão do tempo – uma das mais complexas noções a serem apreendidas pelas crianças – o livro é dificilmente catalogável num único género. Assim, para além da narrativa estruturada de acordo com os moldes mais tradicionais, o livro contempla ainda um «mini-dicionário» sobre várias “facetas” do tempo, além de muitas reflexões e comentários (algumas notas de rodapé são deliciosas) onde se comentam muitos aspectos variados, numa espécie de crónica. Num registo que mistura o humor com a poesia e onde a linguagem é alvo de particular atenção, a autora consegue criar um texto que cativa pela novidade. As ilustrações de Luís Henriques continuam a mostrar novas facetas do seu trabalho, claramente em evolução, estimulando o leitor à observação e até ao questionamento.”
Por Ana Margarida Ramos
In http://www.casadaleitura.org
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