"As origens de Portugal: história contada a uma criança" Autor e ilustrador: Rómulo de Carvalho Prefácio:Frederico Gama Carvalho Editado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2003 (3ª edição). |
“Esta obra excepcional de Rómulo de Carvalho, que também fez as
ilustrações, foi escrita na década de quarenta, em plena Guerra Mundial, tendo
como destinatário o filho do autor, então uma criança de sete anos acabada de
entrar na escola primária. A obra ficou incompleta, tendo o seu título sido
dado pelo filho, Frederico Gama Carvalho, que assina o prefácio do livro,
editado pelo Serviço de Educação da Fundação. Trata-se de uma viagem fascinante pelas terras onde nasceu
Portugal, os povos e os homens que
formaram a Nação Portuguesa, que são trazidos ao leitor pela mão e pelo
olhar de um pedagogo, cientista, poeta e divulgador exemplar, numa linguagem
simples e fascinante:
"Sabes
o que são poetas? São os homens que fazem versos. Quando os versos são bonitos
e soam bem aos ouvidos, é muito agradável lê-los. Muitas pessoas aborrecidas
ficam bem dispostas quando lêem versos. Por isso ser grande poeta é tão útil
como ser grande médico ou ser grande engenheiro."
Interior do livro, página 5 |
«“O que de mais importante e original se me afigura nesta abordagem histórica é a preocupação da exactidão, da verdade, da imparcialidade. (…) incentiva o sentido crítico e nomeadamente ético, em relação a personagens e factos, o respeito pela liberdade de consciência de quem professa uma religião, seja ela qual for.
Interior do livro |
"Não queiras acreditar nas fadas, nem nos papões, nem nos príncipes transformados em gatos e em cães, nem nos reis que passeiam de manto e de coroa na cabeça. Os reis são homens como quaisquer outros. Quando nascem vêm nus como tu quando nasceste. Comem como tu, mastigam com os dentes como tu, constipam-se como tu e, às tantas, morrem como tu.”
(…) Rómulo de Carvalho deteve-se na vida quotidiana dos povos que habitaram a Península, dando a conhecer usos e costumes:
"Pois fica sabendo que os celtiberos, em vez de atirarem as pedras à mão, usavam uma engenhoca para que as pedras fossem atiradas com muito mais força. Vou explicar-te como era essa engenhoca [a funda]. "
Interior do livro, página 18. |
Descreveu pormenorizadamente um castelo. (...) Novidade para a época, introduziu o livro-brinquedo:
"Nas folhas que se seguem encontras desenhado um castelo para tu recortares, colares e armares […]. E quando fores grande não te esqueças de ir à cidade de Guimarães visitar o lindo castelo que lá está. Hás-de gostar muito.”»
Fonte: Luísa Ducla Soares
In "A literatura infanto- juvenil de Rómulo de Carvalho"
Disponível em http://purl.pt/12157/1/estudos/literatura-infantil.html
Interior do livro, páginas 96-99. |
Um livro fascinante sobre as origens de Portugal!
Livro disponível na rede de bibliotecas do concelho de Arganil
Gostei imenso, continuem
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