“Nada é o que parece bem poderia ser o lema
deste álbum ilustrado sem texto do galardoado autor húngaro Istvan Banyai que,
através de um efeito de surpresa, mantém a atenção do leitor bem presa e fora
da sua zona de conforto, página após página, a cada zoom que passa.
O que aparenta ser uma estrela cor de laranja é, de facto, a crista de um belo galo que duas crianças espreitam da janela de uma quinta. O zoom afasta-se e o que acreditávamos ser uma quinta não passa de um brinquedo de uma menina. Novo zoom, e a menina não é mais do que um desenho na capa de uma revista que outro rapaz, entediado, segura enquanto está sentado à beira da piscina de um cruzeiro. Mais um zoom, e o cruzeiro transforma-se, por sua vez, num cartaz publicitário, contemplado a partir de um carro parado no trânsito... e zoom, por aí fora, até que o leitor, antes abalado pela falta de referências, entra no jogo e pede mais surpresas.
Cada ilustração é alternada por uma página a preto, como que a reproduzir o clique das antigas máquinas fotográficas. O estilo relembra o das bandas desenhadas dos anos 1970, entre o pop e o vintage. Elemento de ligação é também o ato de observar, no desenho e do desenho, do familiar para o universal.
No "zoom" final, como que num temporizador automático, nós próprios somos a maior surpresa do que procurávamos: todo o cenário é contemplado a partir de um helicóptero, que, visto do éter, é um ponto, um pequeno ponto, tal como a Terra, tal como nós, minúsculos, se vistos a partir de outra galáxia, mas enormes e poderosos no ato de ler o livro.”
O que aparenta ser uma estrela cor de laranja é, de facto, a crista de um belo galo que duas crianças espreitam da janela de uma quinta. O zoom afasta-se e o que acreditávamos ser uma quinta não passa de um brinquedo de uma menina. Novo zoom, e a menina não é mais do que um desenho na capa de uma revista que outro rapaz, entediado, segura enquanto está sentado à beira da piscina de um cruzeiro. Mais um zoom, e o cruzeiro transforma-se, por sua vez, num cartaz publicitário, contemplado a partir de um carro parado no trânsito... e zoom, por aí fora, até que o leitor, antes abalado pela falta de referências, entra no jogo e pede mais surpresas.
Cada ilustração é alternada por uma página a preto, como que a reproduzir o clique das antigas máquinas fotográficas. O estilo relembra o das bandas desenhadas dos anos 1970, entre o pop e o vintage. Elemento de ligação é também o ato de observar, no desenho e do desenho, do familiar para o universal.
No "zoom" final, como que num temporizador automático, nós próprios somos a maior surpresa do que procurávamos: todo o cenário é contemplado a partir de um helicóptero, que, visto do éter, é um ponto, um pequeno ponto, tal como a Terra, tal como nós, minúsculos, se vistos a partir de outra galáxia, mas enormes e poderosos no ato de ler o livro.”
Fonte: Fnac
Capa do livro "Zoom" de Istvan Banyai. Editado pela Kalandraka em 2014. |
Ilustrações do interior do livro |
Uma viagem repleta de surpresas...
Livro disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!
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