O Anjo da Guarda do Avô de Jutta Bauer Editado pela Gatafunho em 2014 |
A
premiada autora e ilustradora alemã Jutta Bauer presenteia-nos com mais um
excelente livro, que emociona o leitor a cada página.
Um
garoto escuta as aventuras do avô - agora numa cama de hospital -, mas o que o
neto nem imagina (e que só os desenhos mostram) é que em todas as situações de
perigo descritas pelo avô, havia um anjo a zelar por ele. Em cada página, o
leitor emociona-se com a subtileza das ilustrações e a sensibilidade das
palavras ditas (e não ditas).
Fonte: FNAC
"Contava sempre alguma coisa, quando eu ia visitá-lo...
... meu rapaz, ninguém me segurava...
(...)
A minha escola ficava longe e o caminho tinha grandes buracos...
Também tinha colegas que não eram amigos e eu lutava com eles.
Por vezes, perdia...
Fonte: interior do livro
“À primeira vista, ou melhor, à primeira leitura, este livro poderia falar da morte. Mas, depois, lido e relido, folheado em vários sentidos e travado o olhar numa ou numa outra página, em especial, este é um livro sobre a vida. A vida com o melhor que ela tem: a proteção eterna de quem nos ama.
“O Anjo da Guarda do Avô” é mais uma obra-prima da escritora e ilustradora alemã Jutta Bauer. (…) Este novo livro é um raio de luz dentro de um tema tão escuro e um desenrolar de memórias felizes no momento mais triste de todos. Se esta história tivesse, obrigatoriamente, de ser resumida numa única palavra, ela teria de ser “sensibilidade”. A sensibilidade está nas frases curtas, exatas, sem palavras a mais ou emoção a menos. A sensibilidade está nas ilustrações, feitas a aguarela, cujos traço fino e delicado e os tons suaves a tender para o pastel envolvem e envolvem-nos. A sensibilidade está na história, no avô que recorda, em breves “flashes”, uma vida feliz, e no neto bafejado depois pela sua sorte e proteção. A sensibilidade está, até, na textura do papel, na maciez da capa, no formato pequeno e quase quadrado do próprio livro, enfatizando a discrição, resguardando-o como um valioso tesouro.
Tudo é dito sem dizer: o momento de despedida entre um avô que parte deste mundo e um neto prestes a desfrutar dele. O balanço de uma vida cheia, plena, sobejamente feliz, desfrutada e marcada, ali entregue aos olhos de uma criança com tudo por acontecer. O anjo, apenas delineado, que acompanha cada passo, cada episódio da vida do avô e, por fim, espera o menino à saída do hospital num dia luminoso e quente. O tema está lá sem ser declarado, sem ser tocado sequer. Fala-se de felicidade e de experiência, fala-se de aprendizagem e de legado, pinta-se um dia de luz para uma despedida cinzenta.
Distinguida em 2010 com o prémio Hans Christian Andersen de Ilustração, Jutta Bauer é um caso muito especial da literatura infantil: tem poucos livros editados, ainda menos em Portugal, mas cada um revela-se uma verdadeira jóia rara, que merece ser avaliada e admirada por quem saiba verdadeiramente apreciar. Os seus livros, como é o caso deste “O Anjo da Guarda do Avô”, são inicialmente pensados e concebidos para adultos. Na verdade, eles chegam às crianças e aos maiores, emocionam igualmente uns e outros, fazem pensar e questionar grandes e pequenos, porque o importante não está na idade, está na tal palavra que norteia todo o universo deste livro e de toda a obra da autora: sensibilidade.”
Por Andreia Rasga em CRÍTICA, MIL FOLHAS
in http://deusmelivro.com/critica/o-anjo-da-guarda-do-avo-jutta-bauer-29-10-2014/
Fonte: contracapa do livro
Assim, este é um livro singular, sobre a vida e a morte, que não deixará ninguém indiferente. Para todas as idades.
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 1º Ano de Escolaridade
Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!
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