"Nadadorzinho" Texto e ilustração de Leo Lionni Editado pela Kalandraka em 2010 |
Algures, num cantinho no mar, vivia um cardume de peixinhos. Todos eram vermelhos, excepto um deles, que era tão preto, como a casca de um mexilhão. Nadava mais depressa do que os seus irmãos e irmãs e o seu nome era Nadadorzinho.
A história de Nadadorzinho, como todos os livros de Leo Lionni, convida a pensar e a aprender valiosas lições de vida. O valor da diferença e o respeito que se deve a quem -por cultura ou aspecto físico - não partilha das características comuns, reflecte-se nas primeiras páginas deste clássico da literatura infantil de todos os tempos.
A superação dos próprios medos, a força de vontade para desfrutar daquilo que nos rodeia, apesar das adversidades que se nos apresentam, e a solidariedade com os nossos semelhantes também são tratados neste relato de grande qualidade estética, de frases curtas, cheias de figuras retóricas subtis e sugestivas. E, como emblema da obra no seu conjunto, uma mensagem para os leitores: a união faz a força.
É também de destacar a original proposta estética de Leo Lionni neste livro, datado de 1963, que, como todos os livros deste autor, conserva toda a sua frescura. Com uma técnica semelhante à das “manchas de cor”, recria um universo marinho dotado de movimento e riqueza cromática.
LEO LIONNI (Amesterdão, Holanda, 1910-Toscânia, Italia,1999) |
LEO LIONNI cresceu num ambiente artístico - a sua mãe tinha sido cantora de ópera e o seu tio Piet foi um grande aficionado da pintura e do coleccionismo - e desde muito jovem soube que esse seria o seu destino. No entanto, a sua formação não foi artística, mas doutorou-se em Economia.
O seu primeiro livro para crianças não surgiria até muitos anos depois, quase por casualidade. Durante uma viagem de comboio, ocorreu-lhe a ideia de entreter os seus netos criando um conto a partir de uns simples pedaços de papel de seda. Assim surgiu “Pequeño Azul y Pequeño Amarillo”. Foi o primeiro de uma longa lista -mais de 40 - de obras aclamadas em todo o mundo pela crítica especializada, como “Frederick”. Ambos os títulos foram editados por Kalandraka.
Pelos seus méritos em âmbitos como a escultura, o desenho, a pintura e a ilustração, recebeu em 1984 a Medalha de Ouro do Instituto Americano de Artes Gráficas.
Em 1931 instalou-se em Milão e entrou em contacto com o desenho gráfico. Quando se mudou para a América, em 1939, trabalhou numa agência de publicidade de Filadélfia como director artístico e, posteriormente, para a Corporação Olivetti e a revista Fortune. Paralelamente, crescia a sua reputação como artista e os seus quadros exibiam-se nas melhores galerias, de Nova Iorque ao Japão. Como ele mesmo disse: "Dalgum modo, nalgum lugar, a arte expressa sempre os sentimentos da infância".
Fonte: http://www.kalandraka.com/pt
Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!
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