quinta-feira, 17 de abril de 2014

Hans Christian Andersen: exposição

Até ao final do mês de abril está patente na Sala Infantil e Juvenil uma exposição que reúne livros e filmes com as histórias de Hans Christian Andersen. No dia 2 abril comemorou-se o Dia Internacional do Livro Infantil que assinala o nascimento deste grande escritor.

Requisita livros e delicia-te com as suas histórias de encantar...

Biografia de Hans Christian Andersen

“Nasceu em Odense (Dinamarca) a 2 de Abril de 1805. Hans Christian nasceu no seio de uma família pobre, filho de um sapateiro e de mãe lavadeira. Apesar das suas origens humildes, foram os pais, os primeiros, a incentivá-lo a escrever. Aprendeu desde muito cedo a ler e adorava ouvir as histórias que o seu pai lhe contava. Com regularidade ia ao teatro e com o pai construía pequenos teatros de marionetas.
Seu pai faleceu em 1816, tendo Hans Christian apenas 11 anos e foi obrigado a abandonar a escola. Mas já com esta idade, Hans Christian demonstrava aptidão para o teatro e a literatura, possuindo uma formação autodidacta, fruto de abundantes leituras e conhecimentos. Nesta altura, criou uma espécie de “teatro de brinquedos” onde apresentava peças clássicas chegando a memorizar várias peças de Shakespeare e encenava-as com os seus brinquedos.

Casa onde Hans Christian Andersen nasceu.

Devido à sua infância pobre, Hans Christian teve a possibilidade de conhecer os diferentes contrastes que o seu país atravessava, influenciando bastante as histórias infantis e adultas que escreveu durante toda a sua vida. Andersen salientou que a forma de vida em Odense tinha conservado antigos costumes populares e superstições desconhecidas em Odense e, portanto, disponíveis para ele como um estímulo à sua imaginação colorida.

Casa de Andersen, em Odense, agora Casa-Museu.

Aos 14 anos de idade, Hans Christian viajou para Copenhaga, capital da Dinamarca e conheceu o director do Teatro Real, Jonas Collin (pessoa que financiou os seus estudos desde então). Aqui trabalhou como actor e bailarino e escrevia peças de teatro. Em 1828 entrou na Universidade de Copenhaga e já publicava diversos livros: obras dramáticas, diários, apontamentos de viagens e alguns romances.
A sua obra célebre Contos foi traduzida por um número infinito de idiomas. Publica os primeiros em 1835-1837 e continua a escrever até 1875 somando um total de 156 contos de fadas.
No final de 1872, Hans Christian adoece e permaneceu com a sua saúde fragilizada até ao dia 4 de Agosto de 1875, quando faleceu em Copenhaga.

Estátua de Hans Christian Andersen em Central Park – Nova York. No Verão são contadas histórias junto a esta estátua.
Autor de vários contos infantis, poeta e escritor dinamarquês notabilizou-se pelos contos de fadas, pelos quais é internacionalmente conhecido. Autor de contos como O Patinho Feio, A Princesa e a ervilha, A roupa Nova do Rei entre tantos outros deliciam os mais novos e encantam os mais velhos.”

Fonte: excertos da Exposição "Hans Christian Andersen: o contador de histórias"
da autoria da Biblioteca Municipal de Arganil, 2008.

Escultura de bronze da “Pequena Sereia” em Copenhaga.

Sugestões de Leitura:

Uma verdadeira Princesa

“Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa que teria de ser uma princesa verdadeira. Por isso, deu a volta ao mundo para encontrar uma (…) Regressou a casa muito triste e desanimado, pois o seu desejo de ter uma verdadeira Princesa não tinha sido satisfeito. (…) Bem no meio daquela tempestade ouviu-se bater à porta do castelo e o velho Rei foi abrir.
À porta encontrava-se uma Princesa. O cabelo e as roupas estavam ensopados de água. (…) No entanto, ela dizia ser uma verdadeira Princesa. (…)”Descobrimos já!” – pensou a velha Rainha.”


Ilustrações de Michael Fiodorov
In Os mais belos contos de Andersen – Uma verdadeira Princesa
Porto : Civilização, D.L. 1992.

A Menina dos fósforos

“Estava imenso frio, nevava e começava a escurecer. Era a última noite do ano, véspera de Ano Novo. Uma pobre menina de cabeça descoberta e pés descalços caminhava pelas ruas ao frio e às escuras (…) a menina caminhava agora sem nada nos pés que já estavam roxos de frio. Tinha alguns fósforos no bolso do avental e um molhinho na mão, mas ninguém lhe tinha comprado nenhuns durante o dia todo (…) Cheia de fome e gelada até aos ossos, a pobre menina continuou o seu caminho (…) Não se atrevia a voltar para casa porque não tinha vendido fósforos nenhuns, não tinha ganho nem um tostão e tinha medo que o pai lhe batesse (…)”

In Contos de Andersen – A Menina dos fósforos/Hans Christian Andersen.Lisboa : Edinter, D.L. 1994.

Ilustração de Lisbeth Zwerger

Estas e muitas outras histórias estão disponíveis na rede de bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras! 

Sem comentários:

Enviar um comentário