"O Homem e as Palavras: A vida do poeta Eugénio de Andrade" Texto de Conceição de Sousa Gomes e ilustrações de Chico Editado pela Ambar em 2009 |
Eugénio de Andrade gostava de dizer que a poesia portuguesa é um dos melhores produtos de Portugal, capaz de obter muito sucesso na exportação, como provam, entre outros, Camões e Fernando Pessoa.
Mas o próprio Eugénio, que já foi traduzido com êxito para mais de 20 línguas, pode provar tal afirmação. Só que isso não resulta apenas do milagre da poesia, resulta também de muito trabalho e atenção. Menino nascido com algum desconforto, discreto funcionário público, homem desinteressado de riquezas e triunfos mundanos, Eugénio de Andrade empenhou-se desde a adolescência em responder da melhor maneira à sua vocação de poeta, reflectindo sempre sobre a natureza e a condição humana, e esmerando-se na arte da palavra, que às vezes o levou a gastar horas só com um verso. Por isso deixou-nos uma obra limpa como a de um autor clássico, que nos ensina a amar as plantas ou as flores e os animais, o sol e a água, e que, sem deixar de lembrar o lado sombrio da vida, contém vigorosos apelos à plena realização individual e ao prazer de viver e de criar.
Fonte: Arnaldo Saraiva
Contracapa do livro
Recriação da biografia do poeta Eugénio de Andrade,
esta narrativa procura aproximar o autor de As mãos e os frutos
(1948) do público infantil, dando especial ênfase à sua infância e juventude
vividas na Beira Interior. As paisagens naturais que o cercaram e o afecto da
mãe marcaram de forma indelével a personalidade do homem e a escrita do poeta
que, desde muito cedo, se apaixonou pelas palavras e pela poesia. Reconhecido
pela crítica e pelo público, autor de dois livros destinados aos mais novos, Eugénio de Andrade constitui uma figura
incontornável da literatura portuguesa do século XX. Com ilustrações de Chico, recriando ambientes e paisagens,
acompanhando o percurso do poeta, o livro dá conta dos lugares marcantes do seu
percurso, desde a terra natal até ao Porto, passando por Coimbra. Não são
esquecidas alusões e citações de poemas do autor nem as referências à sua paixão
por gatos, espécie que o ilustrador também recria.
Por Ana Margarida Ramos
in www.casadaleitura.org
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