“Al-Haji, o pequeno pastor do Mali
Lá fora, o Sol ainda não nasceu. Al-Haji afasta a manta de lã e senta-se na esteira. (…)
Al-Haji é um jovem pastor do Mali. Pertence à grande tribo dos Sênuflas, pastores nómadas. Desde sempre, os Sênuflas guardam grandes manadas de bois. Todos os anos eles conduzem os bois de região em região, procurando capim para os alimentar. Os pastores nunca ficam muito tempo no mesmo sítio. Não constroem nem cultivam as terras. É por isso que lhes chamam nómadas.
Hassan de Marraquexe
Marraquexe é, certamente, uma das mais belas cidades de Marrocos. Foi fundada há muito tempo por guerreiros vindos do deserto: os Almorávidas. (…) É nessa bela cidade que mora o pequeno Hassan. Hassan é um rapaz de doze anos. Como todos os meninos da sua idade, vai á escola para aprender a ler, escrever e contar. No fim do dia, quando acabam as aulas, Hassan gosta de passear pelas ruas e ruelas da cidade, parar diante das lojas e falar com os vendedores que conhece.
Tuktu, o pequeno esquimó
Tuku é um rapazinho de dez anos. Vive no norte do Canadá, numa região muito fria: Durante dez meses, a neve e o gelo cobrem tudo: a terra, as montanhas, os rios e o próprio mar. É o Inverno.
Nesta época do ano, Tuktu mora numa casa redondinha a que se dá o nome de igloo. Esta casa não é como as outras. Não é feita de madeira nem de pedra. Não tem portas nem janelas…A casa de Tuktu é feita de neve.(…) Tuktu usa roupas muito grossas que o protegem do frio. São feitas de peles de animais que o pai dele caçou durante o Verão. (…) Hoje o Tuktu vai á caça com o pai. Os cães esquimós já foram atrelados ao trenó. Têm de viajar durante várias horas, ao vento e ao frio. Quando o trenó pára (…) o pai começa a abrir um grande buraco, partindo gelo até que finalmente, a água aparece. O pai de Tuktu agarra no seu arpão e, com o corpo meio inclinado, espera, imóvel, que uma foca venha respirar pelo buraco.
Uma carta do México
Chamo-me Paquita. Sou uma rapariga mexicana. Eu não moro na cidade do México. Moro numa
pequena aldeia, Metepo. O meu pai é hortelão. Cultiva toda a espécie de legumes: tomates, beringelas, alfaces e tudo o que serve para fazer salada, cebolas, feijões, alho e pimentão. O meu irmão José não nada na escola porque tem de ajudar o nosso pai a cultivar a horta. Puxa a água do poço e rega os legumes. É um trabalho difícil, porque de dia, faz muito calor. De manhãzinha, muito cedo, o meu pai vai colher os legumes e a minha mãe vai vende-los ao mercado. (…) Logo que nasce o dia, vou buscar água para nos lavarmos, para lavar a roupa e para fazer o almoço. Depois, em cima de uma pedra cinzenta muito duara, esmago os grãos de milho fervidos, com a massa que se obtém, faço bolinhos redondos que são cozidos sobre uma placa de ferro aquecida por um fogo de lenha. Esses bolos clamam-se tortillas. Comemo-las às refeições, com feijões vermelhos e pimentão.
Mayumi
(…) Mayumi tem muita sorte, pois vive com a família numa vivenda já antiga, mas muito bonita. (…) tem quatro divisões separadas por painéis de madeira que deslizam por cima do chão. Esses painéis são recobertos de folhas de papel branco muito finas. No sobrado, também de madeira, estão estendidas esteiras de palha chamadas tatamis. Em casa de Mayumi não há cadeiras para se sentarem, mas sim almofadas e mesas muito baixas.
Mayumi frequenta a escola primária. No Japão as aulas começam às oito horas. (…) Veste o uniforme da sua escola: saia e casacos azuis, camisa e peúgas brancas e sapatos pretos. (…) Mayumi toca violino. (…) Geralmente, no Japão as aulas terminam à uma hora da tarde. (…) à noite, toda a família se encontra à volta da mesa baixa para o jantar. Todos voltam a vestir o traje regional japonês: o quimono, bordado com maravilhosas flores de cores vivas.
Rani e Muruga, crianças da Índia
Rani e Muruga são dois jovens indianos. Moram, com toda a família, na aldeia de Kalapet, perto de Pondiochéry. O seu país, a Índia, é muito grande e populoso. (…) Rani tem nove anos e Muruga, seu irmãozinho, tem oito anos. (…) Têm olhos e cabelos negros; a pele deles é morena. Como todas as crianças da aldeia, não usam sapatos. (…)
Na índia, as vacas são sagradas: ninguém as mata nem se pode comer a sua carne. Elas passeiam livremente através da aldeia.
A carta de Jean-Baptiste
O meu país é uma ilha situada no Oceano Índico. (…) Em 1968, obtivemos a nossa independência. Todos os que vivem na Ilha Maurícia – indianos, africanos, franceses, ingleses ou chineses – obtiveram a nacionalidade mauriciana. (…) O meu país tem um clima muito agradável. O céu está quase sempre azul, excepto na estação das chuvas, que é quando chove muito. Por vezes começa a soprar um vento violento: arranca as árvores e os telhados das casas. Esse vento chama-se ciclone.
A toda a volta da nossa ilha há grandes praias de areia branca. O mar é belo; a água, límpida. Os mauricianos e os turistas vêm para as praias para nadar, pescar ou andar de barco à vela. A principal cultura da Ilha Maurícia é a cana-de-açúcar. (…) Na minha ilha também se cultiva chá e café, banana e ananases, e ainda muitos outros frutos.
Fonte: interior do livro
Sete meninos do Mundo
um livro editado pelas edições 70, em 1981. |
Se quiseres saber mais acerca da vida destes meninos requisita o livro
na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!
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