sábado, 23 de abril de 2016

Hoje é o Dia Mundial do Livro: "Leónia devora os livros" de Laurence Herbert

"Leónia devora os livros"
Texto de Laurence Herbert e ilustrações de Frederic du Bus
Editado pela Caminho em 1992. 

“Leónia devora os livros constitui já uma obra “clássica” sobre a temática dos livros e da leitura e sobre a sua importância na vida e no crescimento das crianças. Levando à letra a expressão “devorar livros”, usada habitualmente para definir leitores muito assíduos, a narrativa, caracterizada pela presença de rimas, de ritmo e jogos de palavras, acompanha o apetite voraz e insaciável de Leónia por livros até à solução final, quando a protagonista tem que começar a escrever histórias para os seus filhos devorarem com igual vontade. As ilustrações recriam, com pormenor e humor, as situações descritas, destacando a expressividade das personagens e sugerindo movimentos vários”.

por Ana Margarida Ramos
 Começa assim:



Assim que aprendeu a ler

de tanto de que ler gostava,
lia tudo o que apanhava.
Com os olhos devorava
as histórias de que mais gostava.


E depois, lentamente,
as coisas pioraram seriamente.


Certo dia, em que ela anos fazia, fomos com ela à livraria..." 

Fonte: interior do livro


Se quiseres aceder ao livro podes fazê-lo no seguinte endereço:

Ilustrações de Frederic du Bus
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 2º ano de escolaridade

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Terra: sugestões de leitura

"A Terra"
Concepção Dorling Kindersley
Editado pela Verbo em 1992.
"Explora cada região do teu planeta nesta fascinante viagem à volta do mundo. Descobre os segredos do leito do mar, porque se movem as montanhas, de que são feitos os desertos e onde se encontra o olho de uma tempestade."

Sabias que a Terra está a ficar cada dia mais pesada? Isso acontece porque partículas de pó muito finas, tão pequenas que não as conseguimos ver, pousam na Terra vindas do espaço. Todos os dias cerca de 25 toneladas são depositadas no nosso planeta.


Porque é que a Terra é azul?
A terra parece azul vista do espaço porque mais de dois terços são constituídos por enormes oceanos e mares mais pequenos. de certos lugares do espaço verias quase só água e uma minúscula porção de terra.

Os maiores rios
O rio mais comprido do Mundo é o Nilo, em África, com 6690 km de comprimento. O delta mais largo do Mundo ocupa uma superfície de 77700 km. É o delta formado pelos rios Ganges e Bramaputra, no Bangladesh e Índia.
Fonte: interior do livro


Fonte: contracapa do livro

"Como funciona a Terra"
Texto de Steve Parker e ilustrações de Guiliano Fornari e Luciano Corbella
Editado pelo Circulo de leitores em 1988

"A Terra está em constante mudança, quer à sua volta quer no seu interior. Aliando belas ilustrações a um texto didáctico Como funciona a terra dá conta das forças em mudança no nosso Planeta. esquemas e desenhos explicam como se formaram as montanhas, como os oceanos se expandiram e como os continentes se expandiram e como os continentes se movem.
Como funciona a terra descreve ainda as forças extraordinárias que controlam o tempo, explica fenómenos estranhos como o sol da meia-noite ou as quedas d'água subterrâneas, entre muitos outros".

Como é que o sistema solar se formou...
Página 8
A história de uma rocha
Página 27
O Livro da Terra
Texto de Guiseppe Zanini e ilustrações de Tony Wolf
Editado pela Anagrama em 1988.
Donde vem a terra
Quando nasceu, a Terra era uma bola de lava a arder.
depois, a pouco e pouco, arrefeceu; a lava endureceu e transformou-se em pedra rija. Toda a superfície do globo ficou coberta de rocha.

A rocha quebra-se
Depois as rochas contraíram-se, formando as montanhas, e começou a chover. Choveu muito, muito, formaram-se rios, a rocha esfarelou-se e a água arrastou as partículas mais pequenas, depositando-as nas planícies. Foi assim que começaram a formar-se as camadas de húmus. Ainda hoje a chuva faz este mesmo trabalho. 

Fonte: interior do livro


Estes e outros livros sobre o tema estão disponíveis
na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

quinta-feira, 21 de abril de 2016

"Irmãs?... Nem pensar!" de Siobhán Parkinson

"Irmãs?... Nem pensar!"
Escrito por Siobhán Parkinson
Editado pela Presença em 2000.
“Cindy nem queria acreditar… casamento, o seu pai já falava de novo em casamento!!!
A mãe tinha morrido há poucos meses e o pai já tinha encontrado alguém com quem queria casar! Ainda para mais a mulher eleita era professora dela, o que poderia comprometer a sua imagem perante os seus colegas de escola. Logo agora que eles deviam ser mais unidos que nunca, que ele lhe devia dar toda a atenção possível. Como se isso já não fosse suficiente, a situação piora com as duas filhas horríveis e tremendamente aborrecidas da professora.
Ele que nem ouse, que nem sonhe que algum dia Cindy as trate por… irmãs… dela nunca irão ser… Nem pensar!”        



Originalmente publicado na Irlanda em Outubro de 1996, o livro que agora se junta à colecção Clube das Amigas foi inicialmente concebido como dois livros num só, dois diários, duas capas, duas histórias e dois modos de começar a leitura. O sucesso foi instantâneo e rapidamente o livro foi traduzido para italiano, alemão, francês e agora também em português.



Livro disponível na rede de bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

terça-feira, 19 de abril de 2016

O Anjo da Guarda do Avô de Jutta Bauer

O Anjo da Guarda do Avô de Jutta Bauer
Editado pela Gatafunho em 2014

A premiada autora e ilustradora alemã Jutta Bauer presenteia-nos com mais um excelente livro, que emociona o leitor a cada página.
Um garoto escuta as aventuras do avô - agora numa cama de hospital -, mas o que o neto nem imagina (e que só os desenhos mostram) é que em todas as situações de perigo descritas pelo avô, havia um anjo a zelar por ele. Em cada página, o leitor emociona-se com a subtileza das ilustrações e a sensibilidade das palavras ditas (e não ditas).
Fonte: FNAC


"Contava sempre alguma coisa, quando eu ia visitá-lo...
... meu rapaz, ninguém me segurava...
(...)

A minha escola ficava longe e o caminho tinha grandes buracos...

Também tinha colegas que não eram amigos e eu lutava com eles.
Por vezes, perdia...
Fonte: interior do livro

“À primeira vista, ou melhor, à primeira leitura, este livro poderia falar da morte. Mas, depois, lido e relido, folheado em vários sentidos e travado o olhar numa ou numa outra página, em especial, este é um livro sobre a vida. A vida com o melhor que ela tem: a proteção eterna de quem nos ama.
O Anjo da Guarda do Avô” é mais uma obra-prima da escritora e ilustradora alemã Jutta Bauer. (…) Este novo livro é um raio de luz dentro de um tema tão escuro e um desenrolar de memórias felizes no momento mais triste de todos. Se esta história tivesse, obrigatoriamente, de ser resumida numa única palavra, ela teria de ser “sensibilidade”. A sensibilidade está nas frases curtas, exatas, sem palavras a mais ou emoção a menos. A sensibilidade está nas ilustrações, feitas a aguarela, cujos traço fino e delicado e os tons suaves a tender para o pastel envolvem e envolvem-nos. A sensibilidade está na história, no avô que recorda, em breves “flashes”, uma vida feliz, e no neto bafejado depois pela sua sorte e proteção. A sensibilidade está, até, na textura do papel, na maciez da capa, no formato pequeno e quase quadrado do próprio livro, enfatizando a discrição, resguardando-o como um valioso tesouro.
Tudo é dito sem dizer: o momento de despedida entre um avô que parte deste mundo e um neto prestes a desfrutar dele. O balanço de uma vida cheia, plena, sobejamente feliz, desfrutada e marcada, ali entregue aos olhos de uma criança com tudo por acontecer. O anjo, apenas delineado, que acompanha cada passo, cada episódio da vida do avô e, por fim, espera o menino à saída do hospital num dia luminoso e quente. O tema está lá sem ser declarado, sem ser tocado sequer. Fala-se de felicidade e de experiência, fala-se de aprendizagem e de legado, pinta-se um dia de luz para uma despedida cinzenta.

Distinguida em 2010 com o prémio Hans Christian Andersen de Ilustração, Jutta Bauer é um caso muito especial da literatura infantil: tem poucos livros editados, ainda menos em Portugal, mas cada um revela-se uma verdadeira jóia rara, que merece ser avaliada e admirada por quem saiba verdadeiramente apreciar. Os seus livros, como é o caso deste “O Anjo da Guarda do Avô”, são inicialmente pensados e concebidos para adultos. Na verdade, eles chegam às crianças e aos maiores, emocionam igualmente uns e outros, fazem pensar e questionar grandes e pequenos, porque o importante não está na idade, está na tal palavra que norteia todo o universo deste livro e de toda a obra da autora: sensibilidade.”

Por Andreia Rasga em CRÍTICA, MIL FOLHAS 
in http://deusmelivro.com/critica/o-anjo-da-guarda-do-avo-jutta-bauer-29-10-2014/

Fonte: contracapa do livro

Assim, este é um livro singular, sobre a vida e a morte, que não deixará ninguém indiferente. Para todas as idades.


Fonte: interior do livro


Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 1º Ano de Escolaridade

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

"Vou dar pontapés na lua", um livro de Maria Isabel Moura

“Vou Dar Pontapés na Lua”
Texto de Maria Isabel Moura com ilustrações de Matos Costa
Editado pelas Edições Afrontamento em 2011 (2ª edição)

Conjunto de 24 histórias infanto-juvenis ricamente ilustradas por Matos Costa. Entre Pirilampos, Sonhos, Fases da Lua, Música, Dança, Dragões, Papagaios de Papel... se constrói o universo onírico e fantástico deste livro que nos proporciona uma leitura solta e divertida.
Fonte: Wook

"Os Sonhos

- E os sonhos que sonhamos, para onde vão?
- Eu acho que ficam por aí, a boiar no ar, até serem apanhados.
- Então não morrem quando acordamos... E como é que se apanham os sonhos?
- Acho que os comemos.
- Como?
- Os sonhos pequeninos engolimos sem sentir. E depois vem-nos à cabeça uma ideia bonita.
(...)"

Fonte: interior do livro, página 5

Ilustrações de Matos Costa
(página 6)

Uma leitura que seduz pela sua forma em diálogo. O conteúdo é problemático: "Será que os sonhos estão presos na nossa cabeça? Será que a lua muda para nos ajudar a contar histórias? Porque é que os crescidos fazem perguntas estúpidas?".   
Um livro para reflectir.          

In Os Meus Livros, Junho 2005


Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3º ano de escolaridade.



Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Piano, Piano de Davide Cali e Éric Heliot

"Piano, Piano"
Texto de Davide cali e ilustrações de Éric Heliot
Editado pela Gato na Lua em 2012

Cling, clang, clong! Todos os dias, à mesma hora, o pequeno Marcolino pratica piano para poder vir a ser um grande pianista, como é a vontade da sua mamã. Mas, na verdade, ele tem outros planos…"
Fonte: contracapa do livro

Começa assim:

"Todos os dias, às três horas em ponto, Marcolino
ajeita o banquinho do piano e começa a praticar."



Ilustrações de Éric Heliot
Fonte: interior do livro

"O seu pensamento rapidamente voa para outros sonhos do que gostaria de ser quando for grande: campeão de karaté, bombeiro, ilusionista, pirata, piloto de fórmula 1… E, realmente, com o que sonhava a sua mamã quando era pequenina?”


Fonte: FNAC

O autor: DAVIDE CALI

"Nasceu na Suíça, em 1972.
Estudou Contabilidade, mas as palavras e as imagens levaram a melhor sobre os números. Aos 22 anos, começou a colaborar com a revista italiana Linus, como autor-ilustrador de BD; depois, aos poucos, a sua vontade de contar histórias, levou-o a publicar livros para crianças, tendo quase todo o seu trabalho publicado pela editora francesa Sarbacane.
O estilo de Davide Cali caracteriza-se por um humor transbordante, um forte sentido de ritmo e também pela capacidade de criar diferentes camadas de leitura.
Os seus livros já ganharam prémios importantes: o álbum “Eu Espero” (editado em Portugal pela Bruáa) ganhou o Prémio Baobab 2005, do Salão de Montreuil; o álbum “Piano, piano” foi distinguido com uma Menção Especial do Júri no Prémio “Words and Music” 2006, da Feira Internacional de Bolonha.”
  
Fonte: www.planetatangerina.com

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Com um beijinho, um livro de Hiawyn Oram

"Com um beijinho"
Um livro de Hiawyn Oram e ilustrações de Frédéric Joos.
Editado pela caminho em 1999

Quando a Ursina está triste, o Ursino dá-lhe um beijinho para ajudar a passar. Mas um dia é o Ursino quem precisa de consolo. Que pode fazer a Ursina?

Começa assim:

"A Ursina esta a brincar no chão... 
e bateu com a cabeça na mesa.


"A Ursina estava empoleirada num banco,
tentando chegar à prateleira de cima...
e escorregou e bateu com o rabo no chão.

- Já passa - disse o Ursino. - Com um beijinho.

A Ursina estava a brincar no recreio.
O Vulpo já não queria ser o melhor amigo da Ursina...
e o Corvino também já não queria ser amigo dela.

- Que dia tão mau - suspirou a Ursina nessa noite.

- Já passa - disse o Ursino. - Com um beijinho.

Fonte: interior do livro

Esta história encantadora de Hiawyn Oram
cativará as crianças pequenas - e também os pais e mães.
O ilustrador Frédéric Joos capta com grande talento a ternura da relação entre pais e filhos.

 Fonte: contracapa do livro


Livro Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas Leituras!

Sabes onde é que os teus pais se conheceram?, um livro de Maria Inês de Almeida e ilustrações de Paulo Galindro

"Sabes onde é que os teus pais se conheceram?"
Escrito por Maria Inês de Almeida e ilustrado por Paulo Galindro
Editado pela Booksmile em 2011.

“Sabes onde é que os teus pais se conheceram?" é um livro que vai deixar as crianças curiosas para descobrir o que aconteceu na primeira vez que os pais se viram, e a convidá-los a contar a história de como se apaixonaram. 
Já os pais vão poder recordar esse momento mágico e partilhá-lo com os seus filhos e, quem sabe, até encontrar no livro a sua história. Terá sido num jogo de futebol? Na bomba de gasolina, enquanto abasteciam? A comprar bilhetes para o concerto da banda preferida? Várias histórias de amor ilustradas de forma original e emotiva por Paulo Galindro.
Fonte: Booksmile

"Na bomba de gasolina, enquanto abasteciam."
"No autocarro que apanhavam todos os dias à mesma hora."
"Numa livraria, a escolher livros para crianças."
"No trabalho. O pai estava sempre cheio de dúvidas
e era a mãe que ia pedir ajuda."
"Quando ainda havia Feira popular
e estavam ambos no carrinho da frente
da montanha russa." 
Fonte: interior do livro


Maria Inês Almeida nasceu em Lisboa, em 1978. Jornalista e escritora, dedicada à literatura infantojuvenil, licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Católica. Em 2006 recebeu o Prémio Revelação do Clube de Jornalistas.


Paulo Galindro nasceu em 1970, é arquitecto de formação e ilustrador de coração. Ao longo do seu percurso tem colaborado com os principais grupos editoriais portugueses. Já ganhou vários prémios e menções honrosas pelas suas ilustrações em livros infantis.

Fonte: Booksmile

Contracapa do livro

Ilustrações e paginação do livro “Sabes onde é que os teus pais se conheceram?”
in www.paulogalindro.com


 Livro disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A Lagarta Comilona de Sheridan Cain

"A Lagarta Comilona"
Um livro de Sheridan Cain com ilustrações de Jack Tickle
Editado pela Minutos de Leitura, em 2010

A Lagarta adorava poder voar.
Ela inveja as asas do Zangão e desejava
poder planar alto no céu como o Pardal.
Mas a única coisa que ela sabe fazer é
mastigar as folhas da amoreira... e que fome ela tem!
Quando a Borboleta aparece, sorri-lhe misteriosamente.
A Borboleta parece saber algo que a Lagarta não sabe!
O que poderá ser?
Fonte: contracapa do livro


Começa assim:

"A Lagarta estava sempre com fome. 
Durante semanas ela 
mastigou as folhas frescas e 
sumarentas da amoreira.

Um dia, estava a Lagarta
a preparar-se para
comer outra
folha, quando
de repente
...."
Fonte: interior do livro



Um livro Pop-up divertido e interativo!
Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 1º ano de escolaridade.

Livro disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Rouxinol do Imperador, um conto de Hans Christian Andersen


Os mais belos contos de Andersen
Ilustração de Michael Fiodorov
Tradução de Carlos José Marques Duarte de Jesus
Editado pela Civilização em 1992

O Rouxinol do Imperador

(…) “O Palácio do Imperador era o mais bonito do mundo, feito de porcelana tão delicada e frágil que só com muito cuidado se podia tocar-lhe. (…) Naquelas árvores vivia um rouxinol, que cantava tão suavemente. (…) De todas as partes do mundo vinham forasteiros visitar a cidade do Imperador, e todos eles ficavam encantados ao verem o palácio e o jardim, mas, quando ouviam o rouxinol, diziam:
- Ah, esta é a maior maravilha!
Uma vez regressados aos seus países, os viajantes falavam do que tinham visto e os mais sábios escreviam mesmo livros sobre a cidade, o palácio e o seu jardim. (…) 
- Como? – deteve-se o Imperador. – Eu nunca vi rouxinóis. Viverá uma tal ave no meu império, ou melhor, no meu jardim? E venho a saber disso pelos livros?
(…) – Nunca ouvi falar nele – respondeu o Grão-Mestre. (…) Mas onde iria ele encontrar o rouxinol? (…) Por fim, encontraram nas cozinhas uma rapariguinha que disse:
- O rouxinol? Conheço-o perfeitamente! Sim, e canta muito bem.
(…) – Meu belo rouxinol (…) tenho a honra de te convidar para o serão de hoje na corte, onde poderás encantar Sua Majestade o Imperador com a doçura do teu canto.
- As minhas canções soam melhor na verdura do bosque. (…) mas acedeu de boa vontade quando soube que era esse o desejo do Imperador.
(…) Vi lágrimas nos olhos do Imperador – disse – e isso para mim vale mais do que qualquer tesouro. (…) Estou mais do que recompensado.

(…) Um dia o Imperador recebeu um grande embrulho em que estava escrito: Rouxinol. (…) um rouxinol mecânico (…) tinha uma cobertura de brilhantes, de safiras e rubis. Mal se lhe dava corda, cantava uma das canções do rouxinol verdadeiro.
(…) O verdadeiro rouxinol foi expulso da cidade e de todo o Império. Assim passou um ano. (…) Uma noite, contudo, enquanto o pássaro mecânico cantava e o Imperador, deitado na cama, o ouvia atentamente, houve uma coisa dento do rouxinol que fez “crac…”
In Os mais belos contos de Andersen
Página 75-95

A prenda oferecida pelo Imperador do Japão.
O relojoeiro após alguns exames, consertou o rouxinol.
Ilustrações de Michael Fiodorov.

"Os mais belos e famosos contos de Andersen estão contidos nesta preciosa edição ricamente ilustrada por Michael Fiodorov, o qual soube transportar para imagens o mundo encantador e ingénuo, cândido e fantasioso, amargo e confiante, ao mesmo tempo que o grande contista dinamarquês criou nas suas páginas imortais, de mistura com a tradição popular, a lenda e o gosto puro pela narrativa."
Fonte: contracapa do livro

Obra disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

"História que há de ser" de Manuela Ribeiro

"História que há de ser"
Texto de Manuela Ribeiro com ilustrações de Nídia Nair 
Editado pela Textiverso em 2016


"Era uma vez? Não!
Há de ser uma vez porque,
por mais que a terra gire,
há de haver sempre gente apressada,
bonecos de neve solitários 
e crianças de coração generoso."


Começa assim:

"Há de ser uma vez uma cidade com gente tão apressada,
tão apressada que não há de ter tempo de perceber
que o inverno já chegou e que os passeios estão cobertos de gelo.




Aquelas pessoas apressadas nem sequer hão de reparar que, 
num recanto de uma enorme praça, alguém talvez um pouco
menos apressado do que elas terá feito um boneco de neve.
(...)"

Ilustrações de Nídia Nair
Fonte: interior do texto

Volume n.º 4 da coleção “Para os mais pequenos”, esta “História que há de ser”, promete enlear os pequenos leitores e facultar aos educadores o pretexto para discutir mais um tema fraturante da nossa sociedade. Porque é preciso ter coração num mundo cada vez mais individualista.
Fonte: Textiverso

Livro disponível na rede de Bibliotecas do concelho de Arganil
Boas leituras!